Em levantamento, Arquimedes verifica publicações antigas de Cunha que voltaram a circular

Entre janeiro de 2020 e o início deste mês, levantamento da Arquimedes apontou que a conta do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha gerou mais de 150 mil compartilhamentos. O conteúdo publicado pelos internautas refere-se a publicações antigas que voltaram a circular na plataforma. Assim, os usuários da rede social identificam postagens antigas do ex-parlamentar, escritas em outro contexto, mas que voltam a fazer sentido a depender do tema em discussão na rede.

Essas coincidências, relacionadas com acontecimentos do presente, principalmente no que tange à política no país, fizeram o Ex-deputado a ser visto como uma espécie de “oráculo” informal da plataforma. Os assuntos comentados por Cunha e reciclados pelos internautas variam desde publicações em referência às eleições para a presidência da Câmara dos Deputados, aos desdobramentos das eleições americanas, além de postagens sobre o reality show Big Brother Brasil.

Em 2013, por exemplo, Cunha perguntou: “Baleia para essa eleição ou não?”. Na última semana, motivados pelas eleições na Câmara, internautas voltaram a espalhar a publicação do Ex-deputado no Twitter, o que a tornou mais uma “previsão” de Cunha. Durante a apuração dos votos das eleições americanas, críticas ao sistema político dos EUA feitas em momento anterior também foram reavivadas pelos internautas.

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha está preso em Curitiba Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

Ailton de Freitas / Agência O Globo

Pedro Bruzzi, sócio da Arquimedes e responsável pelo levantamento, ressalta a maior frequência da reciclagem dos posts do Ex-deputado, apesar do fenômeno ter ocorrido, também, nos últimos anos. “Os posts do ex-deputado se encaixaram muito bem com vários dos fatos políticos mais importantes de 2020. A cada novidade, virou rotina procurar algo postado por Cunha anos atrás, transformando-o numa espécie de oráculo do Twitter”, afirmou. Para ele, o humor sobre as publicações não reflete em apoio automático a Cunha, já que seus feitos na vida pública também são lembrados pelos internautas.

A matéria completa é de Marlen Couto (Jornal O Globo).

 

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