O levantamento feito pela Arquimedes entre quinta (20) e sexta-feira (21) identificou quase dez mil menções sobre as acusações feitas pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicamos) ao PSOL. O candidato afirmou que haveria uma implementação de “pedofilia nas escolas” caso Eduardo Paes (DEM) fosse eleito à Prefeitura do Rio de Janeiro. Apesar de o presidente Jair Bolsonaro declarar apoio a Crivella, a afirmação não encontrou suporte dos bolsonaristas nas redes sociais. Situação parecida ocorreu em setembro durante a votação do processo de impeachment na Câmara do Rio pela denúncia envolvendo os “Guardiões do Crivella”.
Pedro Bruzzi, sócio e fundador da Arquimedes, falou sobre a dificuldade do prefeitável a conseguir apoio dos bolsonaristas nas redes sociais. “Até mesmo o deputado federal Otoni de Paula (do PSC, que estava ao lado de Crivella na live em que o prefeito fez ataques ao PSOL) já foi contra seu nome. Mais uma vez ele ficou isolado”, destacou Bruzzi.
A análise mostrou que a fala gerou mais reação negativa do que apoio no Twitter e não mobilizou a base bolsonarista. Ao todo, 95% das mensagens criticaram a declaração de Crivella e o principal influenciador do debate foi o deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL.
A matéria é de Marlen Couto e está disponível no site do Jornal O Globo.