Levantamento da Arquimedes realizado na última sexta-feira (5) revelou que o número de interações nas redes sociais envolvendo Bolsonaro diminuiu ao longo dos últimos 12 meses – pârametro que se aplica tanto para menções negativas, quanto para menções positivas.
“Desde o início da pandemia, a tendência dele [nas redes sociais] é de queda. Mas [Bolsonaro] ainda é a personagem mais relevante da política brasileira [nas redes]”, afirmou Leonardo Barchini, pesquisador do Cepesp-FGV e analista de mídias digitais na Arquimedes.
O levantamento coletou menções à palavra “Bolsonaro” no Twitter e mesmo que a busca também tenha encontrado menções aos filhos do presidente, quem dominou o debate foi o próprio pai.
Em maio de 2020, quando o presidente anunciou a demissão do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi o momento cujas citações ao termo “Bolsonaro” atingiram o pico. Vale lembrar que o ex-juiz da Lava Jato deixou o governo pelas supostas interferências do governo na Polícia Federal. “Repercutiu bem mal, mas ele [Bolsonaro] conseguiu reverter isso em três dias”, disse Barchini. “Hoje, Moro é uma pessoa odiada pelos bolsonaristas.”
A tendência de queda teve mais um episódio significante após a fala do presidente em que pediu para as pessoas deixarem de “frescura e de mimimi”. A manifestação ocorreu no dia seguinte ao país bater o recorde de mortes por coconavírus em 24 horas e teve saldo negativo para o presidente.
Segundo dados do levantamento, Bolsonaro teve apoio de apenas 12% das menções no Twitter que envolveram o nome do presidente na última sexta-feira (5), sendo que costuma ter 30% de apoio na rede.
Um outro fator influenciou o debate na sexta-feira (5). “Os usuários do Twitter foram surpreendidos com a declaração de Sarah, participante do BBB, de apoio a Bolsonaro, e isso repercutiu em manifestações contra o presidente”.
A matéria completa é de Fernanda Boldrin, do Nexo Jornal.