Na última segunda-feira (15), a Arquimedes revelou em levantamento que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, não recebeu apoio da base bolsonarista nas redes sociais em período mais crítico da pandemia. Na análise, foram coletadas 200 mil menções nos últimos dois dias – domingo e segunda-feira (15). Até o momento, o país alcança o número de 280 mil óbitos pela doença.
O nome do general esteve em alta nas redes sociais, sendo que 71,5% das menções foram negativas a Eduardo Pazzuelo. Nas postagens, houve críticas ao ex-ministro da Saúde e manifestaram apoio à possível saída do militar da pasta. Por outro lado, internautas defenderam o general contestando a “entrega do cargo”. Além disto, o grupo, que representou 28,5% do universo de menções analisadas, atacou a imprensa e acusou veículos por “publicarem mentiras”.

Infográfico – Arquimedes
De acordo com Pedro Bruzzi, sócio da Arquimedes e responsável pelo levantamento, o grupo de oposição que criticou Pazzuelo engloba perfis, tanto de espectro progressista, quanto de espectro liberal. “Há tempos que, nas redes sociais, é uma unanimidade para os opositores do governo que o General não tem mais condições de comandar a pasta. Os governistas, que outrora se posicionaram contra as vacinas, não tem mais este argumento. Agora encontram dificuldades em defender o governo, uma vez que o ministro e o presidente declinaram das propostas dos laboratórios”, destacou Bruzzi.
Bruzzi também afirmou que o debate sobre a importância da vacina acabou isolando bolsonaristas nas redes. Eles (apoiadores do presidente) adotam uma postura em que é necessário “levar o pacote completo”, o que justifica a perda de apoiadores quando o assunto é vacina. “Com o avanço da vacinação nos EUA e em Israel, principalmente, diversos perfis que chegaram a apoiar o presidente agora cobram uma solução para o Brasil”, ressaltou.
A matéria é de Filipe Vidon e Julia Noia e está disponível no site do Jornal O Globo.
